Lugar, há para uma pessoa só. Nem para quatro rodas há: o microcarro elétrico Solo, da ElectraMeccanica, é um simpático triciclo invertido, com duas rodas na frente e outra atrás. Mas, agora, ele ganha espaço para carga.
O veículo foi revelado da ACT Expo (de Advanced Clean Technology, “tecnologia limpa avançada”) e os presentes foram convidados a dar um passeio no carrinho.
Sua criadora, a ElectraMeccanica foi fundada em 2015 com sede em Vancouver (Canadá) e é uma das patrocinadoras do evento. Começou em 2015 como uma subsidiária da Intermeccanica, uma empresa italiana de esportivos customizados que migrou para os EUA em 1975, e se tornou uma subsidiária de sua criação em 2017.
Imagem: ElectraMeccanica/Divulgação
Apesar do aspecto quase meigo, o Solo tem poder considerável sob a carroçaria: é capaz de chegar a 130 km/h, com uma autonomia de 160 km, o que é o suficiente para ir além da cidade e fazer entregas por estradas. E o espaço de carga são respeitáveis 226 litros.
Em seus 1,34 m de altura 1,32 m de largura e 3,12 m de comprimento também cabem proteções contra impactos laterais e cabine reforçada contra capotagens, direção e freios elétricos, ar condicionado, sistema de entretenimento bluetooth.
E o tamanho nem é tão micro assim: é mais longo que um Smart EQ, que tem 2,69 m. Outra coisa que não é micro: o preço. A versão padrão já custava US$ 18.500 (R$ 95 mil na cotação de hoje). Ainda não há informação do preço da versão carga.
Conheça uma Breve história dos microcarros
O preço vai de frente com o conceito histórico de microcarro. A ideia data de depois da Segunda Guerra, na Europa, quando havia uma mistura de penúria econômica e fábricas de equipamentos militares obsoletas.
De fato, o primeiro deles foi o Kabineroller, de 1955, da fábrica de aviões da Segunda Guerra Messerschmitt. Impedida de criar caças, ela investiu em carinhos.
Messerschmitt Kabinenroller – Imagem: Stefan Kuhn/Wikimedia Commons/CC-BY-SA 3.0
Aqui no Brasil, a ideia chegou a tomar alguma tração com a Isetta, que foi construída no mundo todo e aqui foi fabricada pela Romi, um fabricante de máquinas do interior de São Paulo. Mas lá fora foi feita também pela BMW.
BMW Isetta de 1958 – Imagem: Pujanak/Wikimedia Commons/Domínio Público
A ideia nunca foi totalmente abandonada, mas a nova crise econômica, a adoção dos elétricos (que, nas versões mais baratas, tem autonomia e velocidade máxima reduzida) e a necessidade de preservação ambiental podem trazer de volta a era dos microcarros. O Solo, afinal, já leva a ideia ao quase luxo.
Via: olhar digital
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